domingo, 10 de agosto de 2008

Comunique-se

Freelancers apelam à Casa Brasil para trabalhar em Pequim

Maurício Savarese, especial da China


Raros são os jornalistas freelancers que conseguiram credenciamento para cobrir os Jogos de Pequim - a maioria deles precisou do chamado "guanxi", ou seja, bom relacionamento com autoridades, olímpicas ou não.

A maioria dos repórteres independentes, no entanto, não tem amplo acesso à área olímpica e, no caso dos atletas brasileiros, teve de apelar para o espaço aberto pelos ministérios do Esporte e do Turismo na capital chinesa. Instalada em um hotel na área onde ficam os diplomatas em Pequim, a Casa Brasil repete a iniciativas criada pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) nas Olimpíadas de Atlanta, em 1996.

O local, que custou mais de R$ 10 milhões e foi inaugurado na quinta-feira (07/08) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, visa a promover o país em Pequim e impulsionar a candidatura do Rio de Janeiro à sede dos Jogos de 2016.

Mas na China, onde o jornalismo independente das fontes oficiais inexiste e no qual a concessão de visto de entrada para profissionais de comunicação já foi bastante difícil, a Casa Brasil se tornou um dos poucos espaços livres e onde os repórteres podem formar suas redes de contatos para buscar informações na cidade.

"Eu não tive muita alternativa. Dá para fazer algumas coisas da rua, mas nunca com atleta. Aqui nós temos acesso aos esportistas, vai dar para produzir um material diferente do pessoal que foi para a área olímpica e garanto um dinheiro para ajudar a bancar os custos que estou tendo", disse a carioca Mariana, que prefere não revelar o sobrenome nem a idade.

Ela produz reportagens para um site de Internet e tem visto de turista para a China. Nesta sexta-feira, dia de abertura das 29as Olimpíadas, alguns desses repórteres sem credencial passaram pela Casa Brasil para acompanhar a entrevista coletiva do velejador Robert Scheidt, duas vezes medalha de ouro.

Eventos desse tipo, diz a organização do espaço, devem se repetir com os medalhistas em Pequim e em encontros de jornalistas com o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman. O material e o acesso às fontes parece garantido.

Essa possibilidade animou o estudante paulistano Victor, que também não pode revelar o sobrenome. Apesar de não ser fã de esportes, ele viu na Casa Brasil uma oportunidade de produzir material inédito para a empresa onde trabalha. "Tem gente do jornal do mesmo grupo que faz alguns boletins, mas eu tenho esse espaço e posso usar. Se não fosse a Casa Brasil, eu provavelmente ficaria fazendo matérias de comportamento na cidade e ia ficar muito distante da ação de verdade", afirmou o repórter, que também gostou de voltar a conviver com colegas de profissão que conheceu no Brasil.

Fonte: Comunique-se

Unesco pede mais educação sexual sobre HIV

07/08/2008

Encarregada do Programa de HIV/Aids da Unesco, em Paris, disse que juventude representa 45% de novas infecções.


Mônica Villela Grayley, Rádio ONU em Nova York.

O Programa de HIV/Aids da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, pediu que as escolas se engajem mais na educação sexual sobre HIV.

Numa entrevista à Rádio ONU, da Cidade do México, a encarregada da Unesco para o programa, Ekua Yankah, disse que os jovens representam 45% das novas infecções, tornando-se o maior grupo de risco.

Escolas

Yankah, que está participando da 17ª. Conferência sobre HIV/Aids na capital mexicana, pediu mais participação das escolas como parte da prevenção. "É o trabalho de educação sexual dentro das escolas que ajudará a dar as informações antes que os jovens se tornem sexualmente ativos. Estes programas precisam dar todas a informações possíveis que os jovens precisam obter, como por exemplo, o uso de preservativo que eles terão que fazer quando se sentirem preparados para relações sexuais".

Segundo a encarregada do programa da Unesco, em Paris, muitas vezes o jovem só descobre que tem a doença quando já está na fase adulta.

Relatório

De acordo com um relatório do Unaids, publicado na semana passada, pela primeira vez, nos últimos anos, o número de novas infecções baixou de 3 milhões para 2,7 milhões. Uma redução de 10% no total de novos casos de HIV.

http://www.unmultimedia.org/radio/portuguese/detail/6854.html

Nações Unidas renovam apelo sobre trégua olímpica

08/08/2008
Secretário-Geral, Ban Ki-moon, diz que pausa é oportunidade para analisar custos elevados de guerras e iniciar o diálogo.

João Duarte, Rádio ONU em Nova York.*

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, reforçou seu apelo a favor da trégua olímpica.Numa declaração, divulgada no dia da abertura dos Jogos Olímpicos, Ban Ki-moon, afirmou que a trégua é uma oportunidade para se fazer uma pausa, e analisar os custos elevados da guerra e iniciar um diálogo.

Caminho da PazNuma primeira mensagem a favor da trégua, emitida há duas semanas, Ban disse que esperava que a tocha olímpica pudesse iluminar todos no caminho da paz.

Ainda nesta sexta-feria, o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, afirmou que é contra o treino rigoroso que crianças em alguns países estão sujeitas para alcançar a excelência olímpica.

O Unicef diz que é preciso obedecer as regras de orientação sobre idade dos participantes evitando levar crianças a competições.

http://www.unmultimedia.org/radio/portuguese/detail/6865.html