Do Rio de Janeiro
Fabíola Ortiz
Doze pessoas foram presas hoje de manhã (14) no Rio de Janeiro em operação da polícia civil para reprimir o comércio ilegal de anabolizantes e remédios de emagrecimento proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Participaram da operação cerca de 50 policiais de delegacias especializadas e da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) para cumprir 13 mandados de prisão e 18 de busca e apreensão. Segundo informações da polícia, uma pessoa foi presa em flagrante e outras duas ainda estão foragidas.
Um dos focos da ação policial foi na Baixada Fluminense, onde duas farmácias que participavam do esquema e revendiam medicamentos foram fechadas.
Entre os presos, dois são professores de academias e personal trainers que foram surpreendidos em suas residências na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. O principal distribuidor de medicamentos também foi preso em casa na Ilha do Governador, na zona norte da cidade. O ponto de distribuição dos anabolizantes ficava localizado no morro do Dendê. Quando os policiais chegaram no local foram recebidos a tiros por traficantes. O dono de uma farmácia também foi preso na Ilha do Governador, ele trabalhava no estabelecimento que distribuía os medicamentos.
Segundo o titular da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Saúde Pública, Marcos Cipriano de Oliveira Mello, foram apreendidos medicamentos contrabandeados, falsificados, comprimidos, drogas injetáveis e até remédios para cavalo.
“Nós conseguimos identificar uma quadrilha que vem repassando anabolizantes, remédios controlados para emagrecimento e proibidos, contrabandeados, além de Viagra falsificado e Citotec”, afirmou Cipriano.
O delegado ainda afirmou que a quadrilha tinha uma relação direta com as academias. “A partir da prisão desse grupo, eu tenho certeza que um grande braço que traz esse material proibido hoje foi desmantelado e preso”, disse.
A orientação, segundo Marcos Cipriano, é nunca utilizar esses tipos de medicamentos, apenas com prescrição médica. “Além do uso indevido, as pessoas ainda usavam medicamentos falsificados que agravam ainda mais a saúde”.
As investigações começaram há cerca de seis meses. Os presos vão ser indiciados por formação de quadrilha e crime contra a saúde pública que prevê pena de 10 a 15 anos de prisão.
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