sábado, 10 de maio de 2008

A questão tibetana

Budistas do Brasil se reúnem da Câmara de Vereadores do Rio para se posicionar sobre a violência no Tibet

Do evento será redigida uma Carta Aberta ao governo do Brasil

O Colegiado Buddhista Brasileiro realizará no dia 12 de Maio, às 10 horas, no Plenário da Câmara Municipal do Rio de Janeiro o "Debate Público acerca da Questão Tibetana", juntamente com lideranças budistas brasileiras. O objetivo do evento é reunir as maiores autoridades do budismo no Brasil – além de personalidades budistas e população em geral – para redigir uma Carta Aberta ao governo brasileiro, tratando, principalmente, da questão da violência no Tibet. Muitos tibetanos que vivem no Brasil participarão no anonimato, por medo de que suas famílias sofram retaliações do governo Chinês.


O debate, que tem apoio da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, do Deputado Fernando Gabeira e da vereadora Aspásia Camargo, também tem a finalidade de interligar políticos brasileiros à causa do Dalai Lama. Segundo Maurício Ghigonetto, presidente do Colegiado, "esta é uma oportunidade especial para nos manifestarmos e fazer diferença em favor do oprimido povo tibetano, reforçando a posição do Budismo Brasileiro em prol do exercício da não-violência e da paz, do diálogo entre povos e culturas, e o respeito aos direitos de todos os seres".


De acordo com outro membro da diretoria do Colegiado, o Monge Genshô, que pertence à escola Soto Zen, "aqueles que sentem alguma solidariedade com a causa tibetana, seu milhão e meio de mortos, 6 mil templos e mosteiros incendiados e o genocídio cultural que a China tem executado contra a nação tibetana, tem a oportunidade de se manifestar marcando presença no Debate e somando sua voz em apoio a esta causa". Segundo o Monge Genshô, o Debate é uma oportunidade ímpar, pois é a primeira vez que uma entidade oficial se coloca em favor da causa tibetana. "Lembre que o governo federal se manifestou a favor da China e que nem todos nós brasileiros precisamos concordar com isso e que o Dalai Lama é respeitado e conhecido em nosso meio e merece uma manifestação oficial de postura diferente".


É importante ressaltar que o CBB encaminhou à Embaixada da China e aos membros da representação diplomática da China no Brasil, um convite para que compareçam ao Debate e contribuam com a visão e propostas da China acerca dos esforços do seu governo em colaborar com o diálogo e convívio pacífico entre chineses e tibetanos. De acordo com o convite oficial enviado, o objetivo do debate é apresentar meios e soluções para a valorização dos direitos humanos e o respeito a cultura e fraternidade de todos os seres. "Como praticantes budistas e brasileiros, os membros do Colegiado estão empenhados para colaborar o melhor possível para a melhoria das relações entre Tibet e China, assim como o engrandecimento do diálogo aberto e positivo entre todos os povos", assina o CBB.

O debate é aberto a todos os interessados e simpatizantes com a causa tibetana.


Debate Público sobre a Questão Tibetana

Dia 12 de Maio às 10 Horas

Plenário da Câmara Municipal do Rio de Janeiro - Palácio Pedro Ernesto - Praça Marechal Floriano, s/n, Cinelândia, Rio de Janeiro.


Sobre o CBB (Colegiado Buddhista Brasileiro)


O Colegiado Buddhista Brasileiro, entidade sem fins lucrativos que surge no Brasil com o objetivo maior de contribuir para a difusão, sustentação e correta orientação dos ensinos de Buddha.


Sendo uma instituição criada e sustentada no respeito e apoio a todas as escolas tradicionais buddhistas, sem distinção, o CBB tem por finalidade fomentar e desenvolver ações para a elevação e progresso do ensino das filosofias buddhistas em todas as suas manifestações legítimas.


O CBB surge sob a égide do correto esforço em prol da tolerância, paz, ética e respeito a todos os seres vivos e à Terra, sua sustentadora. Seus fundadores se comprometem profunda e honestamente a exercer a prática do Dharma, de modo a fomentar cada vez mais a Verdade, Sabedoria e Justiça entre todos os grupos, sociedades, culturas, religiões e crenças saudáveis da humanidade.


O CBB igualmente se compromete a construir pacificamente e de forma apolítica meios e caminhos hábeis para que se possa dirimir a crueldade, ignorância, fanatismo, discriminação e preconceitos no Brasil e no mundo, contribuindo assim para o desenvolvimento da consciência, base para toda transformação real do indivíduo e das sociedades.


O CBB está aberto à participação eventual de todos os praticantes buddhistas, monásticos ou leigos, de todas as escolas. É aberto igualmente à participação de todos os simpatizantes e interessados brasileiros no estudo e aprimoramento do Dharma.


Prof. Maurício Ghigonetto (Shaku Hondaku)

Presidente



Membros Fundadores

Rev. Wagner Bronzeri (Shaku Haku-Shin)

Site Oficial

http://www.honganji.dharmanet.com.br

Rev. Genshô

Escola Soto Zen

www.chalegre.com.br/zendo

Dhammacariya Ricardo Sasaki (Dhanapala)

Site Oficial

http://www.nalanda.org.br/

Prof. Claudio Miklos (Tam Huyen Van)

Site Oficial

http://tamhaovan.multiply.com

Conselho do CBB

Lama Chagdud Khadro

Rev. Rinchen Khyenrab

Rev. Heila Downey (Poep Sa Nim)

Ven. Uttaranyana Sayadaw

Rev. Shaku Sogyo

Rev. Dr.Ricardo Mário Gonçalves

Rev. Sinceridade

Rev. Coen Sensei

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Colegiado Buddhista Brasileiro

http://cbb.bodhimandala.com




- Tam Huyen Van - Prof. Claudio Miklos (Tam Huyen Van) - Nascido em 1962, Claudio Miklos iniciou sua prática no buddhismo aos 17 anos, através da tradição Zen Soto. Participou de retiros e freqüentou locais de prática na região do Rio de Janeiro. Aos 28 anos começou a organizar grupos de estudos sobre o Buddhismo tradicional, sempre na qualidade de praticante zen leigo. Em 1994 viajou à China (Hong Kong) onde realizou uma peregrinação pessoal a diversos templos buddhistas da região do sul da China, com o objetivo de conhecer mais profundamente a tradição espiritual a qual se dedica. A partir de 1996 filiou-se informalmente à escola zen vietnamita - escola do Inter-ser (Tiep Hien) - liderada por Thich Nhat Hanh, cujos ditames e orientações vem seguindo desde então. Em 2001 recebeu, em cerimônia formal ocorria durante um retido de Plena Atenção em Teresópolis e organizado pelo Centro Lótus e coordenado pelos monges Phap An e Phap Ung, da tradição Interser, o Nome de Dharma Tam Huyen Van (Maravilhosa Nuvem do Coração). Atualmente, coordena grupos leigos de estudos buddhistas em Niterói e Rio de Janeiro, e escreve vários artigos sobre a prática buddhista leiga. http://tamhaovan.multiply.com


- Reverendo Petrucio Chalegre (Meihô Gensho) - Monge Genshô iniciou no Dharma através de Tokuda Sensei, em 1973, teve sua investidura leiga em 1992 com o nome de Meihô, sendo ordenado monge na forma limitada de ordenação particular em 1991 pelo próprio Monge Tokuda, após a aposentadoria deste passou para a orientação de Moriyama Roshi, de quem foi professor assistente, até que este também voltou para o Japão em 2005, foi então ordenado oficialmente pelo Sookan da América Latina, Dosho Saikawa Roshi, monge da Soto Zen, dirige centros do Dharma em Florianópolis e Porto Alegre. Na vida leiga dirige uma empresa de consultoria em gestão.


- Dra. Cerys Tramontini, do Rio Grande do Sul, especialista em Direito Humanos, membro do IDDH - Instituto de Desenvolvimento e Direitos Humanos, www.iddh.org.br <http://www.iddh.org.br> . Estudou na Vanderbilt University, Estados Unidos, onde desenvolveu projetos sociais. Realizou pesquisa de campo com o povo Tibetano na India, Nepal e Tibete. Foi uma das coordenadoras do livro "Cartilha da Cidadania", módulo mediadores, o qual instrui professores da rede pública sobre Cidadania, Direitos Humanos e Meio-Ambiente. Viajou por diversos países pesquisando fatores históricos e culturais. Possui artigos científicos publicados.


- Flávio Marcondes Velloso, prof. (Guaratinguetá, SP) membro da União Brasileira de Escritores, do Instituto Pimenta Bueno da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, da Associação de Direito e Economia Européia da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, professor da Universidade Lusófona de Lisboa, autor de "Tribunal Internacional de Justiça. Caminho para um Nova Comunidade", ISBN 85-86633-42-9 , de "Ensaios Jurídicos. Temas Inéditos", ISBN 85-86633-09-7, compreendendo "Fidelidade Partidária, um Desafio à Democracia do Brasil", "Direito de Ingerência por Razões Humanitárias", "Direito do Mar, Área, Partida para um Novo Direito Internacional", dentre outros escritos e trabalhos realizados, publicados, no Brasil e no exterior.

- Sra. Madel Terezinha Luz, professora titular de Medicina Social da UERJ como representante oficial do Lótus - Centro de Meditação Budista, da Tradição do mestre zen Thich Nhat Hanh.

- Monja Isshin (Kathy Boggs Havens), de Porto Alegre

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Líbano enfrenta mais séria crise desde a Guerra Civil
sexta, 09 de maio de 2008


O complicado processo político no Líbano, combinado com a violência nas ruas e as “manobras desafiadoras das milícias”, impossibilitam o país de estabelecer-se como um Estado soberano e democrático, declarou ontem ao Conselho de Segurança o Enviado Especial das Nações Unidas no Líbano, Terje Roed-Larsen. “As revoltas que começaram no dia 7 de maio no Líbano mostram de maneira trágica que o país enfrenta desafios de uma magnitude inédita desde o fim da Guerra Civil”, afirmou.

O Enviado afirmou também que o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, pede calma e moderação a todas as partes envolvidas, para que seja encontrada uma solução para o conflito e a violência através do diálogo pacífico.

Desde novembro de 2007 o país está sem Presidente, e o processo eleitoral está paralisado. Nos dias 7 e 8 de maio, milícias rivais entraram em confronto nas ruas da capital, Beirute. “O Líbano está, há vários meses, vivendo uma escalada de violência e desordem. A estabilização da situação no país é de interesse não apenas dos libaneses, mas de toda a região”, lembrou Roed-Larsen.

Roed-Larsen é o Enviado Especial do Secretário-Geral da ONU para a implementação da Resolução 1559, que estabelece a realização de eleições presidenciais livres e justas, sem interferência ou influência estrangeira, e o desmantelamento de todas as milícias atuantes no país.

http://rio.unic.org

Frustração cresce com a falta de acesso às vítimas do ciclone em Mianmar
sexta, 09 de maio de 2008


O Sub-Secretário-Geral para Assuntos Humanitários e Coordenador da Ajuda de Emergência da ONU, John Holmes, expressou seu desapontamento com as dificuldades encontradas para ajudar os habitantes de Mianmar (ex-Birmânia), onde cerca de um milhão e meio de pessoas podem ter sido afetadas pelo recente ciclone Nargis, que deixou centenas de milhares de mortos e desabrigados.

“Há um perigo real de que uma tragédia maior possa acontecer caso não consigamos a ajuda necessária rapidamente”, afirmou. Ele ressaltou que muito ainda precisa ser feito com relação a vistos e leis de imigração para permitir que a ajuda humanitária ingresse no país asiático.

Holmes informou que dois membros da equipe de Coordenação e Avaliação de Desastres das Nações Unidas já chegaram a maior cidade de Mianmar e a mais atingida pela tempestade, Yangon, para coordenar esforços de assistência e socorro junto a autoridades nacionais. No entanto, outros dois membros não foram autorizados a ingressar no país por “razões desconhecidas”.

Com relação à ajuda humanitária, Holmes informou que quatro aviões com mantimentos do Programa Mundial de Alimentos da ONU (PMA) chegaram hoje em Yangon. Mais de quarenta toneladas de biscoitos de alta energia já estão disponíveis e serão distribuídos para a população. Além disso, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) deverá enviar três milhões de tabletes de purificação de água, o suficiente para abastecer cerca de 200 mil pessoas por semana.

http://rio.unic.org


Crise mundial de alimentos

O novo relator das Nações Unidas para o Direito à Alimentação, Olivier de Schutter, pediu a suspensão imediata dos investimentos em biocombustíveis.

Em uma entrevista publicada nesta sexta-feira pelo jornal francês Le Monde, De Schutter disse que a busca cega por biocombustíveis está contribuindo para uma crise mundial dos alimentos que ameaça 100 milhões de pessoas nos países mais pobres do mundo.

"As metas ambiciosas para a produção de biocombustíveis estabelecidas pelos Estados Unidos e pela União Européia são irresponsáveis", disse De Schutter. "Estou pedindo o congelamento de todos os investimentos nesse setor."

De Schutter disse que a atual crise dos alimentos é "uma grande violação dos direitos básicos" e pediu a realização de uma sessão especial do Conselho de Direitos Humanos da ONU para debater o combate ao aumento dos preços internacionais e a escassez de alimentos.


Informações:
Núcleo de Estudos em Direitos Humanos da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz
www.ensp.fiocruz.br

Meio Ambiente

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), baseados no levantamento do Sistema de Detecção em Tempo Real (Deter), mostram que o desmatamento na Amazônia sofreu uma redução de 80% no mês de março em comparação a fevereiro de 2008, período em que foi desencadeada a Operação Arco de Fogo, da Polícia Federal.

Desde o início da operação, que se concentra nos Estados do Pará, Mato Grosso e Rondônia, estes são os primeiros dados a respeito da diminuição do desmatamento. A maior queda ocorreu em Mato Grosso, que obteve 82,4% de redução no índice de devastação de novas áreas dentro do bioma. Até a última quarta (07/05), foram apreendidos 15.500 metros cúbicos de madeira, o correspondente a cerca de 4 mil caminhões, 19 motosserras, 10 armas e 95 veículos. Foram instaurados 124 procedimentos de apuração, presas 86 pessoas e destruídos 830 fornos.

A operação continua nas madeireiras, mas será ampliada para a verificação dos planos de manejo das propriedades rurais das regiões. De acordo com o coordenador nacional da Operação Arco de Fogo, delegado Álvaro Palharini, estão sendo realizados todos os esforços para a liberação dos recursos necessários para a implantação da segunda fase da operação, em que serão instaladas nove bases terrestres e uma fluvial, nas vias de acesso à floresta.

Informações:
Núcleo de Estudos em Direitos Humanos da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz
www.ensp.fiocruz.br