segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Farc proíbem Cruz Vermelha de visitar seqüestrados doentes

21/01/2008 - 03h11

Uol Notícias

Em Bogotá (Colômbia)

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) não permitirão que uma missão médica da Cruz Vermelha Internacional visite seqüestrados doentes, disse um porta-voz da guerrilha ao telejornal "Noticias Uno".

Segundo o telejornal, o porta-voz das Farc Luis Edgar Devia, conhecido como "Raúl Reyes", afirmou que essa proibição foi tomada para preservar "a segurança dos passíveis de troca".

Além disso, Reyes, um dos sete integrantes do comando central das Farc, assegurou que não existe atualmente qualquer contato da guerrilha com a Igreja Católica, a única autorizada pelo Governo colombiano a discutir uma "zona de encontro" na qual seria negociada a troca humanitária.

Com isso, o guerrilheiro negou as versões sobre essas conversas. Segundo ele, "alguém pretende gerar falsas expectativas com isso". Ele disse ainda que qualquer diálogo para a troca humanitária acontecerá nos municípios de Pradera e Florida, no departamento de Valle del Cauca (sudoeste).

No entanto, a guerrilha exige para isso a retirada das forças governamentais dessa região, o que é negado enfaticamente pelo governo colombiano.

Vários setores do exterior e do país, entre eles o presidente colombiano, Álvaro Uribe, haviam pedido às Farc que permitissem que os reféns doentes fossem atendidos por uma missão humanitária da Cruz Vermelha Internacional.

A guerrilha tem em seu poder 44 pessoas - entre elas a ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt, três norte-americanos, além de políticos e militares- que seriam consideradas passíveis de troca.

No último sábado, o exército colombiano resgatou dois reféns, sendo um auditor de empresas e um juiz, que teriam sido seqüestrados na sexta-feira. Um suposto guerrilheiro teria sido morto na operação.




Nenhum comentário: