segunda-feira, 26 de maio de 2008

WWF-Brasil discute áreas prioritárias de conservação

A visão ecológica desenvolvida pelo WWF-Brasil, em conjunto com a Rede WWF, para definição de áreas prioritárias para todo o bioma amazônico, que abrange 6,7 milhões de quilômetros quadrados, em nove países - Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Suriname e Guianas - foi apresentada no evento paralelo "Áreas prioritárias para conservação no bioma amazônico: experiências e metodologias". O estudo concluiu ser necessário que ao menos 30% de todos os ecossistemas terrestres e aquáticos amazônicos sejam conservados.


Promovido pelo Arpa (Programa Áreas Protegidas da Amazônia)/Ministério do Meio Ambiente, o evento aconteceu na última sexta-feira, 23, em Bonn (Alemanha), durante a 9ª Conferência das Partes (COP9) da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB). Com mediação do diretor de Conservação da Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, Bráulio Dias, o evento paralelo contou com a participação do coordenador do Laboratório de Ecologia da Paisagem do WWF-Brasil, Sidney Rodrigues, e da pesquisadora do Instituto Emilio Goeldi, Ana Luisa Albernaz.


"O bioma amazônico tem sistemas ecológicos muito diversos e complexos. A definição de áreas prioritárias de conservação busca garantir uma representatividade de espécies para o futuro, de forma eficiente, ao longo do tempo", afirma Rodrigues, explicando que a visão ecológica é basicamente uma ferramenta de suporte para a tomada de decisão.

Segundo ele, o trabalho envolveu a compilação de dados disponíveis sobre o bioma, avaliação das áreas protegidas existentes e identificação de objetivos e metas de conservação. O estudo, feito em conjunto com representações da Rede WWF em outros países do bioma amazônico, concluiu que ao menos 30% de todos os ecossistemas terrestres e aquáticos amazônicos sejam conservados. "Só assim serão mantidas características do bioma, e teremos garantida a proteção de espécies, habitats, paisagens e processos ecológicos existentes na Amazônia", concluiu Rodrigues.


Efetividade de gestão


O WWF-Brasil também apoiou o Arpa na realização do evento paralelo "Avaliação da efetividade de gestão de áreas protegidas: metodologia, aplicação e resultados", realizado na sexta-feira, 23, durante a COP9 da CDB. No evento, que contou com a participação da técnica do Centro Mundial de Monitoramento da Conservação do Programa das Nações Unidas para Meio Ambiente (UNEP), Helena Pavese, e do diretor do Departamento de Articulação de Ações da Amazônia, Ronaldo Weigand, foram apresentadas diferentes experiências de avaliação de efetividade de gestão em áreas protegidas.

Entre elas a metodologia RAPPAM (Rapid Assessment and Priorization of Protected Area Management/ Avaliação Rápida e Priorização da Gestão de Unidades de Conservação), desenvolvida pela Rede WWF, que permite a avaliação rápida e priorização do manejo em unidades de conservação. Em parceria com o WWF-Brasil, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) aplicou a metodologia para avaliar 246 unidades de conservação federais. O processo, realizado entre 2005 e 2007, permitiu rever procedimentos inadequados e enxergar possíveis ajustes e avanços na gestão dessas áreas.


Mais informações:

João Gonçalves, assessor de comunicação do WWF-Brasil pelo telefone +55 61 3364 7477 ou pelo email joao@wwf.org.br


O WWF-Brasil é uma organização da sociedade civil brasileira, sem fins lucrativos, reconhecida pelo governo como instituição de utilidade pública. Criado em 1996 e sediado em Brasília, o WWF-Brasil atua em todo o país com a missão de contribuir para que a sociedade brasileira conserve a natureza, harmonizando a atividade humana com a conservação da biodiversidade e com o uso racional dos recursos naturais, para o benefício dos cidadãos de hoje e das futuras gerações.


O WWF-Brasil também é membro da maior rede ambientalista mundial: a Rede WWF. Criada em 1961, a rede é formada por organizações similares e autônomas de 40 países, e conta com o apoio de cerca de 5 milhões de pessoas, incluindo associados e voluntários. Ela atua nos cinco continentes, em mais de 100 países. O secretariado-internacional da Rede WWF está sediado na Suíça.

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