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Índios isolados são fotografados na fronteira do Brasil com o Peru | ||
Durante 20 horas de vôo em uma aeronave Cesna Skylane, a Frente de Proteção Etno-Ambiental Rio Envira da Fundação Nacional do Índio coletou imagens de indígenas isolados na margem esquerda do rio Envira, no Acre, próximo à fronteira com o Peru. O grupo, de etnia ainda não definida, vive em seis malocas e possuem grande área de roçado. Os guerreiros fotografados têm aparência forte e sadia. O coordenador da equipe de pesquisa, o sertanista José Carlos Meirelles Júnior, disse à imprensa que, ao avistarem os 'intrusos', os homens atiraram flechas e as mulheres e crianças se esconderam.
Próximo a igarapés da margem direita do rio Envira foram encontradas outras malocas, confirmando a presença de outros povos isolados. O trabalho foi coordenado pela Funai, para recolher dados de localização, tamanho das malocas e estimativa de aumento populacional. “Nessa região existem quatro povos isolados distintos que já temos acompanhado há 20 anos”, explica Meirelles.
A equipe da Frente de Proteção contou com apoio da Secretaria Especial dos Povos Indígenas do Governo do Acre. Os vôos foram realizados entre os dias 28 de abril e 02 de maio nas Terras Indígenas Alto Tarauacá e Kampa e Isolados do Rio Envira, já demarcadas e homologadas, e na Terra Indígena Riozinho do Alto Envira, que está em processo de regularização.
Um diagnóstico elaborado pela CGII, em 2006, e realizado pelos coordenadores das Frentes de Proteção Etno-Ambientais, resultou na identificação da existência de 68 referências de grupos de índios isolados, que estão localizadas nos estados da Amazônia Legal (AC, AM, MA, MT, PA, RO, RR), com exceção de uma referência que está localizada no estado de Goiás. Atualmente, existem seis Frentes de Proteção Etno-Ambiental na Amazônia Legal, situadas nos estados do Acre, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, regiões onde existe o maior número de referências sobre índios sem contato. Elas são responsáveis pelas ações de localização, proteção, vigilância e fiscalização, em uma área de aproximadamente quinze milhões de hectares. (Fonte: Funai) |
Repórter, não só pela minha profissão, pelas reflexões no jornalismo, pela necessidade de explorar outros rumos da comunicação e da expressão. FOS Repórter é uma pretensão de criar espaço para artigos sobre temas diversos - passando por atualidades internacional, do país, Rio de Janeiro, críticas, reflexões, desabafos.
sábado, 7 de junho de 2008
Guerreiros invisíveis
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