terça-feira, 14 de outubro de 2008

PNUD pede mais recursos para ajudar Haiti

Porto Príncipe, 08/10/2008

Após destruição provocada por série de furacões, prioridades são criação de empregos e reconstrução da infra-estrutura local

Crédito: PNUD/Marco Dormino
da PrimaPagina

O PNUD está buscando recursos adicionais para iniciar um projeto de recuperação dos locais do Haiti atingidos por uma série de furacões desde agosto. As tempestades Fay, Gustav, Hanna e Ike afetaram 165.337 famílias, resultando em 793 mortes e 310 desaparecimentos até 1º de outubro, de acordo com o governo local. Quase 100 mil casas foram destruídas.

Os desastres climáticos tornaram ainda mais grave a situação desse país caribenho que tem o pior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) das Américas e em que 46% da população é desnutrida. O Haiti também enfrenta conflitos internos. Para tentar controlá-los foi criada a MINUSTAH (Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti), cujas tropas são comandadas pelo Brasil.

Em setembro, a ONU lançou um apelo para obter cerca de US$ 107 milhões, a serem direcionados ao combate dos efeitos dos furacões recentes no país. Até agora, foram recebidos 22% desse valor (US$ 23 milhões).

Para o chefe do PNUD no Haiti, Joel Boutroue, é preciso agir imediatamente, e a ajuda internacional é fundamental. “Sem um esforço conjunto da comunidade internacional e contribuições financeiras de doadores, veremos mais pobreza, sofrimento e instabilidade social.”

O projeto do PNUD centra-se na criação de empregos (prevê a geração de 400 mil vagas) e a reabilitação da infra-estrutura local. Estão previstas também estratégias para reduzir a vulnerabilidade das comunidades a desastres ambientais.

Outra prioridade envolve Gonaives, local mais atingido pelos desastres. Pretende-se retomar um programa de proteção à produção agrária e a locais habitados pelo homem. O programa já havia empregado 7 mil pessoas na construção de diques e paredes d’água e na plantação de árvores contra deslizamentos de terra. Genaives continua inundada e o programa, financiado por França e Japão, deve ser retomado em algumas semanas.

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