sábado, 1 de março de 2008

ONU espera que libertação de quatro reféns leve a entrega de outros

29/02 - 14:15 - EFE
Bogotá, 29 fev (EFE)- As Nações Unidas na Colômbia afirmaram hoje que esperam que a recente libertação de quatro ex-congressistas seqüestrados pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) leve à "rápida libertação" dos demais reféns do grupo guerrilheiro.

"Fazemos um pedido para que não se desista destas ações unilaterais e se acelere a libertação humanitária dos que se encontram em sérias condições de saúde", expressou a ONU em comunicado divulgado em Bogotá.

O organismo fez menção especial aos casos da ex-candidata presidencial franco-colombiana Ingrid Betancourt e o coronel da Polícia Luis Medieta, reféns desde fevereiro de 2002 e novembro de 1998, respectivamente, ambos com um estado de saúde precário.

Na nota, a ONU ratificou "sua total disposição a acompanhar os esforços em favor de todas as vítimas na Colômbia e estimule a encontrar caminhos que facilitem a libertação de todos e todas os seqüestrados, o respeito de todas as vítimas e a conquista da reconciliação no país".

Neste sentido, a organização lembrou que sua condenação ao seqüestro é permanente, por se constituir uma flagrante violação do direito internacional humanitário e dos direitos humanos.

A ONU também se solidarizou com todas as vítimas da violência neste país e compartilhou a felicidade pela libertação de Gloria Polanco de Lozada, Luis Eladio Pérez, Orlando Beltrán Cuéllar e Jorge Eduardo Gechem Turbay.

Os quatro, com mais de seis anos em cativeiro, foram entregues na quarta-feira a uma missão humanitária formada pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e delegados do Governo do presidente venezuelano, Hugo Chávez, além da congressista opositora colombiana Piedad Córdoba.Esta libertação é a segunda unilateral de reféns realizada pelas Farc, que retêm outras 40 pessoas com fins de troca por 500 presos.

Em 10 de janeiro, os rebeldes entregaram a ex-candidata a vice-presidente Clara Rojas e a ex-legisladora Consuelo González de Perdomo.
EFE jgh/dgr

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