quarta-feira, 1 de julho de 2009

Grupos teatrais lusófonos participam de festival no Rio

01-07-2009 13:39:56

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Rio de Janeiro, 1° jul (Lusa) - Onze espetáculos teatrais de seis países lusófonos realizam-se no Rio de Janeiro a partir de quinta-feira e durante dez dias no Festival de Teatro da Língua Portuguesa (Festlip), que vai homenagear o escritor moçambicano Mia Couto.

Segundo a atriz e produtora Tânia Pires, uma das organizadoras do Festlip, esta segunda edição do festival já integra o calendário cultural carioca.

“Estamos a aprimorar o festival, ele está a ser muito comentado tornando-se cada vez mais importante com uma grande repercussão”, disse à Agência Lusa Tânia Pires, ao citar que mais de 500 grupos inscreveram-se para participar do evento.

Ao todo serão cerca de 80 profissionais de teatro de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e Portugal que se deslocam ao Brasil. “A surpresa esse ano será a vinda de um grupo de Teatro do Oprimido da Guiné-Bissau”, comenta Tânia Pires.

Cada país será representado por duas companhias, à exceção de Guiné-Bissau, que faz sua estreia no Festlip com uma montagem do Grupo do Teatro do Oprimido, criado no país pelo recém-falecido dramaturgo Augusto Boal.

A programação deste ano homenageia o escritor moçambicano Mia Couto, que fará uma palestra no próxima sexta-feira sobre a “Metamorfose da literatura para o teatro”.

“Mia Couto tem o lado de dramaturgo muito forte com um trabalho voltado para o teatro, fora os seus textos escritos. Ele usa o teatro como forma de expressão da literatura e é um fomentador do teatro em Moçambique”, disse a produtora brasileira.

Um dos destaques será o diretor português Miguel Seabra, do grupo Meridional, que promoverá uma oficina de três dias aos atores de língua portuguesa num evento paralelo à mostra teatral.

“Miguel Seabra vai dar uma oficina para os atores que vão participar do festival. A intenção é de intercâmbio, pois ele vai trazer a sua experiência de Portugal. Serão oficinas teatrais para manter a convivência com atores de língua portuguesa”, destaca a organizadora.

O diretor português ainda pretende dirigir um espetáculo no Brasil com estreia prevista para o final do ano, cujo texto de língua portuguesa será escolhido ao longo do festival.

A expectativa para este ano é de que cerca de 18 mil pessoas circulem pelos eventos culturais e assistam aos espetáculos teatrais, todos com entrada franca.

O segundo Festlip conta com apoio das embaixadas de Angola, Moçambique, Cabo Verde, Portugal, Instituto Camões, Ministério da Cultura, Fundação Palmares e Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).




http://www.talu.com.br/festlip/

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